hoje acordei cavalo-marinho calmo em alto mar
de lençóis meticulosamente bordados por vovó
o quadril flutuante o silêncio das pernas os pés numa cauda só à revelia das águas de algodão
impossível sentir qualquer textura
meu corpo quieto e a cabeça enxuta no emaranhado das linhas de minhas palmas negreiras
o que é de iemanjá assabá oyá o é
impossível respirar passivo o vice-versa do efeito-camomila
impresso pela memória alinhavada de meus antepassados
hoje acordei cavalo-marinho e não pude tirar proveito de boiar em paz
um dos fios dos lençóis espanou
em efeito-de-cadarço-velho-que-já-não-entra-em-buraco-de-calçado-algum
de nada adiantou o metamorfoseado dos tatames murakami
mera vontade de que o ofício-fiadeira não fosse mesmo herança de família
o quarto era o mesmo
o mesmo quarto
e a mesma vista
o mesmo fardo
e aquele canto íntimo
e o desconhecido
e a certeza de amanhã
o quarto era o mesmo
o quarto sempre fora
o mesmo
abrir o olho
abrir bem
[boca cômoda lábios colados
cabeça inquieta
um inquieto que não para]
olho é olho
boca é boca
[espelho sujo
confraria burra de olho cabeça e boca]
cabeça é cabeça
palavra dentro que não cessa
[lente imunda
mente incansável]
abrir o olho
abrir
abrir bem
em questão de palavras
poucas se perderam
o mundo
emudeceu-se no disse me disse do silêncio de dentro
amor
a palavra dói
dentro
a palavra
dói
foge à boca
o nome
a bancada
o teto
a água
a grama
a grama
a grama
não
nada amor
dentro e dura
é só
a palavra dentro
a palavra
dói
da ausência de tinta
tingido avesso
escorrem palavras de farrapos
dos mais fubentos pendurados no varal
– não consigo falar
estendidas fincam-se secas
a chamar o vento
o vento o vento
bramido rouco
cordas mudas
não me espere amor
– não consigo falar
o meu canto quieto
esta boca chiusa
algum bafo de quintal
e a cabeça
nômade
vá embora amor
já não me visto há horas
queria fechar o olho esquerdo e completar esta falta
abrir os vãos e esbaldar-me
mas em silêncio
mutilas
ferida d´alma ao que de mim poeta
vivo quiçá na vontade
minha cabeça avoada
palavra
e a boca aqui jaz
tenho dois vivos olhos
e nada
Foi Cirino
foi
foi porque era o que fosse
Queria dizer
Cirino
e redizer
Cirino
e maldizer
Cirino
mandar na mandíbula
Cirino
e na língua
Cirino
lamber da mais limpa prolação
Ci-ri-no
Foi Cirino
foi
foi porque nunca me foste
Duas semanas e nada
Já não aguentava a candura da boca
O mundo fora-me boca
e desembestada
até este cavo d'alma
a palavra alma escapou
já não podia falar
O que se é de si a não ser voz
Por um infinito
na ausência
existi
em questão de silêncios
nada
Tanto neste corte de pano
Eu num instante
só
No imo do olho um nada de gente
carcaça oca
o sopro do murcho e do anafado
sendeiro de gente
daquela miúda
que é um nada de gente
e só
No imo do nada
quantas veredas
caminhos d´um só zé-ninguém
rios de palavras
Nonada tem é coisa muita
e gente muita
e nada mais
Estive nestes pedaços
fio de noite que não parte
um bololô danado
linhas retalhos
e nenhumamente
Entre mil e tantos eus
o desconhecido
Ao acordar mais ninguém
aquele tempo de cadeira embalando
rangido que corta
e corta
*
Das histórias de palmas Ciatas
de cada um dos odus iorubás
nasceram as teias de sonhos
daqueles sonhos tupis
e [não]
isso nunca fora novidade
Meus tempos idos
de cantos e batuques avoengos
Perdoá-los era perdê-los
e perdê-los esquecer-se
A cada dor que ressoo
antes desta que tomei minha
uma vida uma palavra
histórias linhas de família
Qualquer fiapo
uma parte legítima
e memória
nosso único
decreto
De nada adianta a cortina
Pano acessório estúpido
cortado a calar coisas d´alma
A brecha a fresta o buraco
Salve e salvem-se os ventos
Iansã que desnuda as estupidezes
*
Ritinha despindo-se calma
A vida em seu curso de janela simples
Sem veda
sem trégua
sem disfarçar-se
Ah estúpida cortina
A velha cadeira de balanço
O vazio espesso que a velha deixou
No buraco imundo
A cabeça imunda
Tinha medo
da espécime velha
palha enervada
esgarçada
pote asséptico de conservação
A velha cadeira de balanço
da velha
Arca de imbuia
canto de se guardar linhas
Aquela carranca
olhos de minha vida
Se tempo objeto ou lembrança
o mesmo bordado
cabeça inventiva
três novas agulhas
e esta teia a parir histórias
uma a uma para o fundo
da arca
de imbuia
pé de tantos balanços
I
Benevolência
Bunda gorda.
Jovelina enxuta de tanto espreitar.
Vinte dias e nada.
Nem peixe.
Nem jangada.
Nem Darcino.
Nem o moço viçoso da vendinha de seu Juvenal.
Vinte e tantos dias
e nada.
II
Complacência
Gavetas impecáveis.
Bentinho e coisa alguma.
Eu você
nem arrumadeira.
Um solteiro convicto.
As gavetas
impecáveis.
III
Comunhão
O casal de periquitinhos.
Soltos.
Asas cortadas.
Juntos
no passo coxo de jardim.
Esperavam-se.
Qualquer gaiola seriam asas.
IV
Decência
O circo partiu.
Brados de pejo janela a janela.
Coisa de vizinhança.
Louca de rua.
Menina-moça de cidadezinha.
Menina-moça.
Mocinha.
Ninguém se despediu.
Uma desonra.
O circo caiu no esquecimento.
O palhaço
ficou.
V
Dedicação
Os telhados falam inertes.
Como é desmazelada.
A viúva de seu Miguel.
Morreu faz anos.
Coitado.
Nenhuma telha.
Nenhuma.
VI
Desapego
Embrulhado de lençol alvíssimo
de mais de duzentos e tantos fios.
Dona Lira
moribunda.
Fez questão de levar o corpo à porta.
Frederico nos mais finos trapos.
Foi sem sequer olhar
para trás.
VII
Disposição
Joel e Madalena.
Sumidos no amor de moita.
A parar o tempo.
Neste instante.
Nenhum ponteiro é de compartilhar ponto que lhe seja alheio.
Joel e Madalena.
Cada qual com seu
talante.
VIII
Libertação
Gustavo na areia amuado.
Olho vidrado na zoada das águas.
Queria ouvir o barulho do mar.
Das ondas.
Vicente inquiria seu gordinho de longe.
Deveria desejar o silêncio.
Não sentia a equidade das coisas.
Muito barulho.
Pobre Vicente.
Pobre Gustavo.
Pobres.
Pobres.
IX
Piedade
Marionalvo em seu leito de morte.
Matou-se em mais uma chance de calar-se.
Tenho outra família Elvira.
Marionalvo não morreu.
Mulher é bicho ruim.
Alimentou o pobre no quarto dos fundos
esperando a morte de seus mais novos chegados
pensamentos.
X
Reconhecimento
Alô.
Alô.
Quanto tempo.
Tempo.
É míope ou astigmático.
Míope.
Não tinha dúvida.
Hãn.
Nosso Pedro.
Hãn.
Já tem 15 anos.
Hãn.
Adeus.
XI
Resignação
Braço colado ao tronco.
É-vem Carlos todo pronto.
Levou foi rasteira bem dada Carlos.
Dolores caída de tanto sorrir.
Uma pedra aquele embrulho de companhia.
Já fazia era ano.
1.
A palavra que é de lápis
habita toda seus cantos cerrados,
onde nasce e finda sem incitar dúvidas.
A de papel é de outra natureza:
vive boiando na própria infinitude
até sumir de tanto existir.
O limiar entre o rabisco cheio de si
e a folha em branco transbordando
é o mesmo emaranhado de azuis
do horizonte.
2.
Ora não houvesse o tempo das borrachas,
ninguém saberia dos hiatos das traças e dos cupins,
e o espaço de pairar na matéria vazia seria
o vazio.
Como se faz preciso sabê-las fluviais
as palavras de papel...
3.
De certo é que o engarrafado por muito vence,
e o mundo versa-se mudo por demais,
na prontidão dura de ser só e sequer
mundo.
Certo não aos instantes,
quase nunca silêncios,
quase a toda suspensos
entre o risco de boiar e afundar-se
de tanta e tanta
falta de.
Abraço,
estás no desabraço,
em nosso olho com olho,
em teu depois de.
Uma lágrima molhou-lhe a minha falta.
Meu olho seco sem titubear:
há tempos já me havia partido...
Toda hipótese é a confirmação de uma falta:
a nossa.
Pensar o outro:
enganar-se.
Sentir, por muito saber.
Qualquer pessoa saberia.
E quem nunca foi ninguém mais?
Nunca.
Desencontrar-se neste inerte duvidoso
é antes estar cheio
de si.
Para todos os sentidos de expressões ínsitas,
uma só moldura,
prisão de significados.
Se eu nunca fui alguém...
Ter razão é estar só e aniquilar
infinidades.
Daqui um disse me disse
que não se diz
nada.
Coisa de lata.
Todo mundo carregando o mesmo livro grosso
de sempre.
Pode ter cara de,
jeito de,
mas não é
sardinha.
Uma pena.
Seriam tantas latas.
Com óleo e sal,
sal e água.
Boa água salgada para a fome de tanta gente.
Poderia mesmo ser
sardinha,
mas é só aquele blábláblá
dos que não sonham pairar no horizonte.
*
Outro dia alguém se desdobrou
ante à espuma das águas.
Das nuvens.
Papagaios são mesmo surdos.
Pena não mudos ao invés de.
Às penas, vivem muito
e deixam de
se verter em cores próprias.
Esforçam-se.
Espremem-se.
Não se sabem.
Veja.
Olho de papagaio é esbugalhado
para fora.
Difícil de se ver dele.
Olhe.
Pode olhar.
Assim que poesia vira coisa de quem sonha,
o mundo é mesmo dos espertos.
[E quando não há vaga para malandro:
é bom explicar].
Vontade é coisa viva de dentro.
Nos bastidores
canto de entranhas
o ar arranhado goela abaixo.
E um sinal
e mais um.
O corpo inchado, inchando...
Máscara e cara mudas na falta,
naquele bem-bom do breu da tardança.
Ninguém se ouvindo na morte dos toques.
E outro
e o derradeiro:
Cortina fechada.
Olhos esbugalhados de tanto se olhar.
E lá se vão juntos
o mundo ladeira abaixo
à margem desta ribanceira
que nunca lhes fora
um desconhecido.
Aplausos.
1.
No dia em que o espelho é senhor de todos os encontros
o mundo foi uma grande mentira.
2.
Só o olho redime a própria gente da própria invenção
vida.
3.
A verdade escorre da vista quando a boca sabe tudo o que diz
e a cabeça mais ainda.
4.
Calar é tentar aproximar-se de si.
5.
O silêncio está mais perto da gente quando a gente
desiste.
6.
Cada dia é a última aposta depois da renúncia do sono.
7.
Ninguém vive só com tantos desconhecidos.
Basta sonhar.
8.
Para sentir o que lhe é peculiar
sair dele.
9.
Amanhã é o tempo que move os dias.
10.
Memória são forças de uma existência ancestral que legitima o vivo.
A cabeça só inventa sentidos enquanto o pé anda.
Quando para
para.
Destino
coisa de tempo que volta.
Se amanhã pode não haver mais mundo
tudo que fora pensamento e palavra
é o que nunca passou de
invenção.
Dentro de mim um oco todo
engolindo os tantos outros tão cheios de si
multiplicados em réplicas
da matriz abarrotada
aquela menor pedrinha toda densa inchada
dos infinitos vãos que se encapsulam em meu ventre
Dentro do bojo um hiato entre outros
Dentro do último quiçá uma víscera
Há certa fé das entranhas nos entre-espaços de mim
Tanta palavra
e nenhuma
quanta vontade
e nenhuma
quietude
desejo que move os encontros
destes mundos de dentro
talvez um poema
vivo rouco de tanto
tentar
Quem sabe ser tácida
eleger-se exclusivo ao som do ouvido
na ausência das conjugações
dos sentidos
da pessoa
a escolha do não significado
Quem sabe alguma vez
tácida
apenas
profundamente
Na vida turva da lagoa escura
não se vê cara
nem coisa que o diga
sequer vontade há de ali se ter
pois se a lagoa preta é negra
é negra
qualquer quimera de
calar-se ver-se
ouvir-se ser-se
desilusão
se a areia branca
aquilo que arrodeia
quem é o breu
um infinito
o estalo
este remanso
ideia de refrate
Na vista turva da lagoa escura
quem
A memória que me é verdade
face ao avesso do que fui de fato
aos olhos da avenida sete
reluz cacos só meus
vermelhos-vivos de batom barato
desmentindo os dentes
que sangram à sobra
de boca
bocão
já não sei rimar
Meu nariz retorce
meus olhos estalam
minha cabeça volta
o tempo não
as cores não
Há um consolo para além das bordas
As vidas nunca estiveram do lado
de fora
Teço os dias com esta querença
e não se tem som afim
de contá-lo enfim
contê-lo
Meu poema está pronto
no tempo desta gente que teima
ao impossível ao indizível ao corrosível
O que será de quem
não se pode empedrar
Desde ontem digo mar quando não mais me há
o que dizer
o que impedir
o que rasgar
Esperei a vida a fazer um poema
não me houve
Cantei Caymmi
Tomei-o como todo
O mar é o mundo
O mundo é mar
Desde ontem digo
mar mar mar
Quando não mais me há
o que dizer
o que impedir
o que rasgar
Desde ontem digo
mar
da terra
terra
na terra
flor
chão rachado
seco
esticado
cabeça oca
oca
uma flor
arranca tudo
pétala
caule
folha
flor
chão rachado
seco
esticado
cabeça oca
oca
oca
nada de novo
de novo
flor
o velho à margem
a água passando
sentinelas
de seus tempos fazendeiros
um e outro
do outro
espelho
o rio calando
mundos
a mente inventando
vidas
o rio ali
o velho velho
o velho
cheio
cheio de
si
cabeça
palavras
banco
pernas
o mesmo desejo
duas inerências
o banco quando a estação fecha
sente-se
a cabeça quando o sujeito dorme
sonha
paisagem
de fora
para quem
de dentro
para quem
de fora
trapeira
vista cerrada
olho caseiro
janelas-me
no balanço da cadeira
atento
de prontidão à captura
de um instante
entre a ida e a vinda
estreita
de sua própria marola
inquieta
tentando em si
caber-se
e tentar fora sempre
nada
horas a fio e
nada
a boca querendo
sumir-se
o ar a soprar a
falta
à espera do vazio
estanque
o lugar da existência
pura
a fleuma do tempo
limite
entre prender o ar e
sufocar-se
o silêncio mudo e
nada
nada e de novo
nada
no balanço da cadeira
o nada
Juliana de Almeida Valverde nasceu em Salvador, Bahia, e vive em São Paulo desde os 8 anos de idade. Pelo gosto da palavra, sempre buscou formação próxima ao universo da língua e da linguagem: graduou-se em Letras, estudou Canto Popular e especializou-se em Literatura.
Entre dois ou mais espaços brancos é a sua primeira publicação no gênero poesia e foi desenvolvida com o incentivo do ProAC-SP - Editais/2014.
Cortinado
De nada adianta a cortina
pano acessório estúpido
cortado a calar coisas d´alma
A brecha a fresta o buraco
salve e salvem-se os ventos
Iansã que desnuda as estupidezes
*
Ritinha despindo-se calma
A vida em seu curso de janela simples
sem veda
sem trégua
sem disfarçar-se
Ah estúpida cortina
I
Benevolência
Bunda gorda.
Jovelina enxuta de tanto espreitar.
Vinte dias e nada.
Nem peixe.
Nem jangada.
Nem Darcino.
Nem o moço viçoso da vendinha de seu Juvenal.
Vinte e tantos dias
e nada.
Estilhaços
Abraço,
estás no desabraço,
em nosso olho com olho,
em teu depois de.
Uma lágrima molhou-lhe a minha falta.
Meu olho seco sem titubear:
há tempos já me havia partido...
Retalho em cassa Entre a máscara da cara e a quentura do respiro não se tem lá muita coisa Só o que para mim de mim é meu mesmo
O aprisionado da palavra na cabeça que não se deve livrar A minha língua a minha boca a minha cara da máscara ninguém vê Nem deve mesmo existir-se debaixo de tão bela alheia carapaça Entre a máscara da cara e a quentura do respiro só mesmo a vontade de um espelho retroverso a transparecer o que para mim de mim é meu mesmo Entre minha máscara e minha cara só o espaço oco do entre
no balanço da cadeira
Poema falado
Interpretação: Cida Almeida, Juliana de Almeida Valverde e José Alessandre.
Gravação e pós-produção dos áudios: Maurício Jerozolimski.
Poema em canção
Produção e direção musical: Yuri Prado.
hoje acordei cavalo-marinho: poema musicado e arranjado por Mário Carvalho. Interpretação: Juliana Valverde (voz) e Mário Carvalho (piano e coro). Emboscada*: poema musicado, arranjado e interpretado por Péri, áudio gravado e finalizado no estúdio Baticum. Rebarba: poema musicado por Ricardo Valverde. Arranjo de Yuri Prado. Interpretação: Juliana Valverde (voz), Ricardo Valverde (vibrafone) e Yuri Prado (violão). Dedicação: poema musicado por Guilherme Valverde (Bareta). Arranjo de Yuri Prado. Interpretação: Juliana Valverde (voz) e Yuri Prado (guitarra). Estilhaços: poema musicado e arranjado por Yuri Prado. Interpretação: Juliana Valverde (voz) e Yuri Prado (violão). retalho em cassa: poema musicado e arranjado por Vitor Caffaro. Interpretação: Juliana Valverde (voz), Vitor Caffaro (acordeom), Valéria Schwarz (piano) e Vinicius Pereira (baixo acústico). Coro de falas: Juliana, Valéria, Vitor, Vinicius e Yuri. eco Matuta: poema musicado por Julio Valverde. Arranjo de Yuri Prado. Interpretação: Juliana Valverde (voz) e Thiago Faria (violoncelo).
**Todos os áudios (exceto Emboscada*) foram gravados por Gustavo e Lindemberg Oliveira, mixados por Lindemberg Oliveira e masterizados e finalizados por Beto Mendonça, no Estúdio 185.
Poema visual
Por Debora Murakami (hoje acordei cavalo-marinho), Enio Squeff (Cortinado), Julio Valverde (Benevolência), Deborah Dornellas (Estilhaços), Israel Kislansky (retalho em cassa) e Clarice Cajueiro (cadeira de balanço).